sábado, 29 de janeiro de 2011

Baseado em fatos reais...

Essa daí eu vou ser obrigado a trucar!

O texto é mais ou menos assim (até eu entendi!)

"seis meses depois de uma nevasca, acharam um fusca sob toneladas de neve. Um dos operários entrou nele, bateu chave e ele funcionou!"

Impossível não é....

Fusquinha na neve I

Nem precisa entender a lingua, quem tem fusca sabe que rola isso aí todo dia!



É o não é?

Papa-Léguas

Comercial da Volks mexicana, anos oitenta:

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

As Impressões de um Francês sobre o Fusca

O Lionel é um grande amigo meu (apesar de ser francês...) e encarou conosco essa última viagem. Meio fresquinho, com mégane na garagem, num tinha entrado num fusca. Achou doido, dirigiu um pouco, e depois, quado viu que o sistema aqui no Brasil é bruto, pipocou, e deixou o volante comigo.
Traduzi algumas partes do texto que ele enviou para seus amigos europeus. Vou colocar os originais, pra quem souber francês:


Après 30h de bus depuis le nord de l'Argentine, je découvre donc leur Coccinelle de 1972 que nous utiliserons pour notre petit périple de 3 semaines le long du littoral.
Après quelques jours d'acclimation à Belo-H, c'est le départ, et nous chargeons de bonne heure les tentes, hamacs, et autres affaires dans le coffre de la voiture, et c'est parti pour 12h de route pour rejoindre la cote ; il n'y a pas d'autoroutes pour notre destination, et de toute façon la Cox n'étant pas une voiture de course, nous privilégions les petites routes plus tranquilles et sympathiques.
La pédale de frein ( ah bon, il y a vraiment un frein ?) a une course infiniment longue, la précision de la direction est... toute relative, ca donne l'impression de faire du bateau et il ne faut pas oublier le jeu dans le volant avant de prendre les virages ; la boite de vitesse émet de beaux craquements, parait que c'est normal ; et je mettrais plus de 100km avant de trouver du premier coup la 1ère puis la 2ème vitesse.  Trop à gauche en haut, c'est directement la marche arrière ; un peu à gauche c'est la 3ème.  La 1ère se trouve... quelque part entre les deux ; la 2ème n'est pas en dessous de la 1ère ça serait trop facile ; elle se trouve je ne sais pas trop ou en bas, mais de toute façon comme tu as perdu trop de temps à la chercher, faut remettre la 1ère pour relancer la voiture, mais attention, sans passer directement la marche arrière. Bref, c'est amusant !

Depois de 30 horas de onibus desde o norte da Argentina, descubro o fusca 72 que nós utilisaríamos para o nosso pequeno périplo ao longo do litoral.
Depois de alguns dias de aclimação em BH, hora da partida. Enchemos o carro com redes, barracas, e outras bugigangas e pronto, pertimos por 12 h de estrada para chegar ao mar. Não há autopistas para o nosso destino e, de toda forma, o fusca não sendo um carro de corrida, privilegiamos pequenas estradas, mais tranquilas e simpáticas.
O pedal do freio (ah bom? Tem freio?) tem um curso infinitamente longo, a precisão da direção é... relativa, dá impressão que dirigimos um barco, e não se pode esquecer os movimentos com o volante antes das curvas. A caixa faz barulhos esquisitos, parece que é normal. E demorava 100 km antes de achar a primeira, depois a segunda. À esquerda, é a ré, e ao centro, a terceira. A primeira se encontra.... em algum lugar no meio... A segunda não é em baixo da primeira (seria muito fácil). Ela se encontra em algum lugar não sei bem onde... Mas de toda forma, perdi muito tempo a procurar, tenho que voltar à primeira de novo! Mas atenção, sem colocar marcha à ré... Enfim, é divertido...

***

Nous reprenons la route le long de la côte en direction du nord . Fini les routes goudronnées, maintenant c'est routes/pistes en terre plus ou moins défoncées par les pluies, au milieu des plantations d'eucalyptus ( qui servent pour la fabrication du papier) ou le long de la mer.
Départ d'Itaunas, immenses dunes,  au bout de 5h de route le moteur se met à pétarader ; nous suspectons la qualité de l'essence que nous venons de rajouter ; une demi-heure plus tard, en passant un dos d'âne dans Alcobaça, le moteur s'arrête complément et refuse de repartir.
Nous poussons la voiture sur le coté de la route, le soleil est brûlant, il fait super chaud.  Un moteur de Cox, c'est très basique, et nous essayons de trouver le problème ; en vain. Nous partons à pied à la recherche d'un mécanicien dans le village. Il arrive une heure plus tard à vélo, diagnostic un problème sur l'allumage, repart vers son atelier sur son petit vélo avec une pièce de notre moteur ; revient une demi-heure plus tard en moto avec la pièce ré-usinée entre temps. La voiture démarre, on repart pour une étape de Paris-Dakar (piste très défoncée, grosses rigoles), et nous arrivons un peu plus tard à Cumuruxatiba, ou nous trouvons un très agréable endroit pour planter les tentes.

 
Voltamos à estrada [no ES] em direção norte. Acabaram-se as rodovias esburacadas. Agora é só estrada de terra, mais ou menos destruídas pelas chuvas, no meio de plantações de eucaliptos (para fazer papel), ou ao longo da praia.
Partida de Itaúnas, imensas dunas, depois de 5h de estrada, o motor começa a pipocar. Suspeitamos da qualidade da gasolina que acabáramos de comprar. Meia-hora mais tarde, num quebra-molas em Alcobaça, o motor pára e não funciona mais...
Faz muito calor. Um motor de fusquinha, é super basico, tentamos achar o problema. Em vão. Partimos à pé a procura do mecanico da cidade. Ele chega uma hora mais tarde de bicicleta, diagnostica um problema no distribuidor. Volta à oficina e volta de moto com uma gambiarra [essa palavra eles não tem!].
O carro funciona, partimos de novo para uma etapa do Paris-Dakar (estrada muito fudida, boas brincadeiras), e chegamos um pouco mais tarde a Cumuruxatiba, onde achamos um super agradável lugar para armar as barracas.

 
***

Après 3 jours à Caraïva, nous retraversons le fleuve, retrouvons la voiture et... essayons de la faire démarrer ; c'est pas immédiat, mais après quelques bidouillages, le moteur consent à rester allumer plus de 3s. Nous repartons moyennement confiant, faisons une pause le midi sur la plage d'Espehlo dont je vous passe la description (sable, cocotier, barrière de corails, etc...)
La fenêtre avant droite de la voiture se bloque définitivement, impossible de l'ouvrir ; dommage, c'était agréable, en roulant, par cette chaleur...
Le soir nous arrivons à Trancoso, et nous trouvons presque agréable de sentir la terre ferme sous nos pieds après les 3 jours de sable mou de Caraïva. Toujours des soucis avec le moteur, nous allons donc... faire connaissance avec le mécanicien de Trancoso qui reprend le réglage du carburateur ; et le moteur refonctionne normalement, magnifique ! C'est sympa une coccinelle, avec tu fais la connaissance de tous les mécanos du coin ! Mais nous apprenons également, et par la suite nous ferons les réglages nous mêmes lors des petits soucis suivants.

 
Depois de três dias em Caraíva, atravessamos o rio, pegamos o carro e tentamos ligá-lo... Demorou um pouco, e depois de morrer muito, o motor funciona. Partimos desconfiados, fazemos uma pausa na Praia do Espelho (areia, coqueiros, corais...). A janela da frente se bloqueia definitivamente... Impossível de abrir... É uma pena, era agradável, neste calor...
À noite, chegamos a Trancoso, e achamos agradável andar na terra firme, depois de tras dias de areia fofa em Caraíva. Sempre com problemas no motor, vamos onde? Conhecer o mecânico da vila. E o motor funciona magnificamente bem! O fusca é simpático, com ele, você conhece todos os mecânicos da região!
Mas nós aprendemos igualmente, e assim fizemos nossas regulagens durante o resto da viagem.


Ó ele aí, pipoqueiro!


Imã!


Só pra lembrar que fuscas tem imã de vagina!

Diagrama do Motor

Esse diagrama é muito bom... Está em inglês, mas da pra entender tudo...
Você pode clicar em cima da figura e ampliar.
Tenho um desses na parede do meu quarto..

O Fusca e o Padre

Outro clássico...

Fusca de Rallye

Hoje em dia todo mundo sabe o potencial do fusca em estradas horríveis, lamaçais, etc.
Tem muito buggy, baja e fusca preparado pra isso.
Mas o interessante é que a volks explorou isso também!



Road Trip, parte final

Santo André
Depois de quase vinte dias de praia, saímos de Porto seguro com o restinho de gasolina que tínhamos, e rumamos para Eunápolis (em Porto Seguro a gasosa custava 2,99!). Lá, carro abastecido, pegamos a 101 sentido norte por uns 30 km, depois à esquerda, na rodovia 367, que liga Diamantina à 101 (seguindo o Rio Jequitinhonha). Achamos interessante tal estrada, uma vez que tínhamos visto a foz do Jequitinhonha, perto de Belmonte, BA, porque não ver a sua nascente?





A partir de Salto da Divisa, entramos em Minas, e nossos problemas começaram. Quase 200 km de estrada de terra péssima, passando por Jacinto, até chegar a Almenara, já longe da Bahia!


Depois fomos visitar a cidade de Jequitinhonha, e passamos um dia em Itaobim, na casa de um amigo. Depois de Itaobim, sempre na 367, passamos por Itinga, Araçuaí e Minas Novas passando por trechos novos, com longas retas e alguns buracos, mas no geral, estrada boa. Atenção! Depois de Araçuaí, rumo à Diamantina, são mais de 300 kms sem nenhum posto de combustível. A sorte é que levávamos sempre 10 l à mais para esses casos.



Já perto de Diamantina, pudemos reconhecer as montanhas que fazem a fama do nosso estado e também pudemos perceber a estrutura de uma cidade um pouco mais preparado para o turismo. Afinal, com exceção de algumas praias famosas, como Trancoso, Arraial e Porto Seguro, haviamos estado em regiões muito afastadas, pobres e carentes de tudo: estradas, energia, esgoto, Estado, enfim. Sobretudo o vale do Jequitinhonha, que nos surpreendeu pela sua beleza, mas também pela pobreza que ainda encontramos lá. É certo que, depois destes oito últimos anos, as coisas melhoraram muito, mas ainda há muito o que fazer.
Em Diamantina, aproveitamos para contar um pouco da história do Brasil para o Lionel, nosso amigo francês que fzia a viagem com a gente. Ele - como a gringa em geral - se encantou pela cidade, e disse que volta pra morar lá.

Depois seguimos pelas estradazinhas da região (dizem que vão asfaltar) através de Milho Verde, São Gonçalo do Rio das Pedras (onde conhecemos a nascente do Jequitinhonha), Serro (linda e caipira na medida certa pra nós), e Conceição do MAto Dentro (Já é a 5a vez que visito essa cidade!), para conhcer rios e cahoeiras da região.
Enfim, domingo, 9 de janeiro de 2011, descemos a serra, tomamos a saideira na serra do Cipó e voltamos para a casa! Já estávamos com saudade das nossas terrinhas: Eu, de Pedro Leopoldo-MG, a Bruna, noiva e copilota, de Santa Luzia-MG, e o Lionel da gelada Lille, na fronteira Franco-Belga.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O desbravador da Amazônia

Este comercial foi premiado em Cannes. 1972, auge da ditadura. Sem dúvida, um dos melhores comerciais da volks:


The Power of Marley

Nós, fãs de Bob Marley, talvez um dos artistas mais compatíveis com o fusca, gostamos deste vídeo!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Propagandas Volkswagen II

Bunitinha!

Propagandas Volkswagen I

Iniciando a série "Propagandas do Fusca", a mais machista de todas, um clássico:

Carro Véio!

Eles fazem sorrir Não queira ter uma relação com seu carrão cheio de botões, reboque cromado para não puxar nada, flex powers, trios elétricos, fly by wire, e ABS igual à que eu tenho com os meus. Você vai perder. Meus carros têm nome, eu converso com eles e entendo o que se passa no seu coração. Ninguém olha para você nesse esquife filmado com vidros escuros como o breu. Para mim, todos olham e acenam. Se o seu carrão pifar no meio da rua, ou numa estrada no fim do mundo, ninguém vai parar para te ajudar. E se alguém se aproximar, você vai achar que é ladrão. Se um dos meus estancar no meio da avenida mais movimentada de São Paulo, vem um monte de gente para empurrar. E é o pai de um que teve um igual ao meu, o tio do outro que dirigia um táxi idêntico, a avó de um terceiro que ainda tem o seu guardado na garagem que só usa para ir à feira, e se eu não souber o que fazer para ele pegar de novo, alguém saberá. Meu kit de sobrevivência nas ruas é barato. Um joguinho de ferramentas, desses que se compram em camelôs, com uma chave de fenda, um alicate, algumas chaves de boca e arame: arame é essencial. Oh, que coisa mais primitiva, dirá você. OK. Tenha uma pane no seu carrão eletrônico para ver o que acontece. Nem tente abrir o capô. Você não sabe o que tem lá dentro. Cuidado, ele pode te engolir. Torça para o celular estar com o sinal pleno e chame um guincho, a seguradora, o papa. Sente e espere. Seu carrão só vai funcionar de novo quando conectarem um laptop nele. E prepare o talão de cheques. Meus carros, não. Têm carburadores, distribuidores, diafragmas, bobinas e velas, tudo à vista. Sei quando o piripaque é na bomba de gasolina. Sei quando é sujeira da gasolina. Sei assoprar um giclê. Aliás, sei onde fica o giclê. Procure algo parecido na sua injeção eletrônica. S eu carro é um emérito desconhecido sem história ou currículo. Os meus têm 40 anos ou mais, já passaram por muita coisa nessa vida, e quando saíram de uma concessionária, décadas atrás, estacionaram na garagem em forma de sonho realizado. Carro fazia parte da família, antigamente. Ah, mas o meu tem ar-condicionado, disqueteira e controle de tração, dirá você. Sim, mas você nunca terá o prazer de dirigir de vidros abertos e cotovelo para fora da janela, meu rádio toca as mesmas músicas, e não me faça rir com o seu controle de tração. Quantas vezes ele foi necessário? Além do mais, existe um negócio chamado prazer. Prazer de ter algo que lhe é caro e precioso, mesmo que não valha muita coisa. Carros iguais ao seu todo mundo tem. Vejo aos milhares todos os dias, e nenhum deles tem a cara do dono. Os meus têm. E quando eles quebram, eu mesmo conserto. E eles me agradecem andando de novo, fazendo com que as pessoas sorriam quando passam, fazendo barulho e soltando fumaça. Não há nada como um automóvel que faça alguém sorrir.

Road Trip, parte III

Depois de Cumuruxatiba, continuamos por pequenas estradinhas e visitamos Barra do Cahy. Um pouco complicado de chegar lá, mas vale muito a pena.


Cahy


Depois do Cahy, contornamos o Monte Pascoal, voltamos à 101, passamos por Itamaraju, e voltamos à lama, numa pequena estrada que liga a 101 à vila de Caraíva. Havia chovido muito alguns dias antes, e haviam enormes poças d'agua, verdadeiros laguinhos lamacentos que cortavam a estrada. Impossível não passar. Passamos sem problemas, apesar do fusquinha ficar um pouco alagado (sim, temos buraquinhos no chão!). Chegando em Caraíva, o segredo é esquecer o carro do outro lado do rio e relaxar. Lá não há carros, as ruas são de areia, a praia linda. Só um detalhe: atualmente, fica muito cheia na alta estação (dez/jan). Fora isso, só alegria.

Depois de Caraíva, mais estradinhas podres até Trancoso, onde tivemos um pequeno problema com a marcha-lenta, graças ao excesso de terra no filtro de ar. Tudo resolvido depois de uma limpeza rápida do filtro e de uma sopradinha no giglê da marcha-lenta. Simples. Depois, só asfalto (bem ruinzinho) até Arraial e P. Seguro.

E Caraíva só se entra de canoa.
Em P.Seguro, o que vale (e ainda assim é fraquinho) é a cidade histórica. É claro que a cidade é o paraíso dos amantes de axé e de vodka ruim, o que não era o nosso caso. Então, seguindo o conselho de amigos, rumamos para o norte, pela orla, passando por Sta. Cruz Cabrália e chegando à um pequeno paraíso escondido à 1h de Porto Seguro: Santo André.

Praia quase deserta, sem nenhuma estrutura, cadeirinhas debaixo das árvores e eu mar quentinho, apesar de algumas ondas mais fortes. Para quem quer sossego, fica a dica: Fuja de Porto Seguro e vá (o mais rápido possível) para Santo André. O lugar é lindo.



Já estávamos em 2011, e a hora de começar a voltar tinha chegado.



sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Mala de Ferramentas! (Update 2)


Bom pessoal, vou abrir uma discussão: O que levar na caixa de ferramentas para uma viagem de fusca?
A velha história do arame e alicate é interessante, mas só eles não tem jeito. Então vou colocar a minha lista, depois de várias viagens e de ver que toda vez esqueço algo. Depois, com os comentários, a gente vai completando a lista.
Antes da lista, considerações sobre o modelo:
VW 1500, 1972, sem alternador, sem ignição.

O que eu levei da última vez (cada vez essa maleta fica mais cheia), fora equipamentos obrigatórios:

  • Fusíveis;
  • 2 velas (sugestão do Jorge-BH);
  • Luzes para frente (farol) (Sugestão do Nuno - Fusca Ativo)
  • 1/2 litro de óleo de freio;
  • 1 litro de óleo de motor;
  • 1 cabo acelerador;
  • 1 cabo embreagem;
  • 1 platinado;
  • 1 pedacinho de lixa (para o platinado) (sugestão do Jorge-BH);
  • 1 rotor (não levei, fez falta);
  • 1 fita isolante (sugestão do Jorge-BH);
  • 1 correia do gerador;
  • 1 alicate ponta fina;
  • 1 alicate ponta grossa;
  • 1 chave 12/13;
  • 1chave inglesa regulável;
  • 1 chave philips;
  • 1 chave fenda;
  • chave como a de roda para trocar correia;
  • 1 chave de fenda de 30 cm (importante para retirar calotas);
  • lanterna;
  • 1 lampada setas/freio.
Acho que é só. Com a colaboração de vocês vamos tentar chegar numa lista ideal.!

Abraço.

Road Trip, parte II

Saímos de São Mateus pela 101, e de lá entramos numa pequena estrada que leva a Dunas de Itaúnas. Estrada de chão bem batida, pelo movimento do local. Sobre Itaúnas não há muito o que falar: Vale muito a pena! Sem dúvida, a praia mais bonita do ES.  Foi nossa segunda vez lá e ainda não enjoamos!

Nós de boa em itaúnas.


A partir de Dunas, evitando a 101 (só caminhões, nada de interessante para ver), seguimos por pequenas estradas em meio a imensas plantações de eucaliptus até Riacho Doce, onde é possível atravessar para a Bahia após pular um pequeno riacho na praia. Em riacho doce (15 kms ao norte de Itaúnas), uma dica: Pousada do Celsão, ex-hippie que ficou louco quando ouviu o ronco do 1500 no meio da mata. Como todo mundo, nos recepcionou dizendo: “Já tive dois desse! E um 1300 bege!” Normal! Recomendamos: Pousada barata, com imenso quintal, belo pomar e super próximo da praia.
Já na Bahia, voltamos para a 101 e seguimos para Teixeira de Freitas, depois: Costa das Baleias! Alcobaça e Prado, mas....
A partir desta ultima cidade, o fuscão começou a pipocar, perdendo velocidade e sem marcha lenta. Tocamos mais 40 kms até alcobaça, cidade simpática até que, na avenida a beira-mar, não deu mais. Paramos.
Saquei minha maletinha de primeiros-socorros (da qual falaremos depois) e fiz o diagnóstico: Platinado, esse famigerado. Mas mesmo trocando esse, nada. Chamamos um mecânico da cidade, que veio tranqüilo, de bicicleta (era 24 de dezembro), e disse: “de fato, o platinado pifou, mas o rotor também. Cê num trouxe um também não?”
Pois é! Disso eu tinha esquecido!
Mas ele, então, teve uma boa idéia. Fez uma gambiarra (uma ponte) no rotor velho com um fio soldado em cima da peça. Bateu chave, pode ir embora.
Após Alcobaça, Prado, cidade simpática, mas que esconde sua baleza maior: Cumuruxatiba.
Um conselho: Se um dia você for lá, entre Prado e Cumuru (para os íntimos), pegue a estrada que segue por cima das falésias. A vista é soberba, você vai margeando a praia o tempo todo, apesar da estrada ser um lixo, do ponto de vista da infra-estrutura.



terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Road Trip, parte I

O Plano da viagem havia mudado muitas vezes. As datas nao batiam, o ervilhão estava com a sua reforma atrasada (estavamos com ele desde setembro), e algumas peças impossiveis de achar (como a tal ‘camisa’ http://fuscologia.com.br/site/?p=433). Alem disso, nosso companheiro de viagem, o Lionel, nao dava noticias e nem sabia quando chegaria.
Mas nòs (eu e a Bruna, minha noiva) estavamos animados. Queriamos passar um mes na praia, so farofando...
A partir do dia 15 de dezembro, 2010, as coisas foram clareando. A retifica do motor terminou, parte eletrica OK, radinho instalado, varios polimentos pra tentar ressuscitar um pouco do brilho perdido por anos de garagem (a historia do Ervilhão vai ser contada depois). Lionel tava chegando e nos entrando de ferias.
De fato, partir ainda em dezembro foi um pouco arriscado, uma vez que tive so uma semana pra ‘testar’ o fusca-bala. Ainda assim deu tempo do freio falhar (na praça da Assembleia!) e de trocar o cilindro-mestre antes de partir.
Tudo pronto, 19/12, domingo, arrumamos as malas e traçamos a rota original: São Mateus, sul da Bahia ate Itacare, e voltar pela 101 e 381, ou seja, o mesmo caminho.
Material: Duas barracas, isopor, colchão inflavel, sacos de dormir, rede, galão para gasosa extra, tres mochilas, travesseiros, roupa de cama, mais as ferramentas para o fusca (depois iremos detalhar o kit inseparavel para viajar num carro como esse; não e so arame e alicate, não!). Como tudo isso coube? Historia pra outro post.
Segunda, 20/12, quatro e meia da manhã (melhor horario pra sair), partimos. Cristiano Machado, Anel...
Fazia exatamente um ano que não pegava a estrada com um fusca. Depois da venda do meu outro, o Trovão Azul, acho que fiquei um pouco traumatizado. Foi uma emoção grande, dar uma acelerada, no meio da madroga ainda, ouvindo um Milionario e Ze Rico, fumando um paioso...
Mas o momento de reflexividade passou rapido, quando entramos na 381, a rodovia da morte. Aquela ali e cabulosa. Poucos lugares me dão medo como ali. Talvez so o viaduto das almas, que passo fazendo o sinal da cruz e rezando. Ja de cara, so pra não perder o habito, uma kombi quase causa um acidente: ultrapassagem em local proibido. O que tem de fdp imprudente nessas estradas e fora do comum!
Duas horas depois, Nova Era, onde o transito ja começa a ficar bom, desde que voce não pegue a 262 pra guarapari (farofeiro!). Mais tres horinhas, Ipatinga, depois Valadolares, almoço em Mantena, ja na divisa. Ja no ES, a estrada e mais velhinha, com muitas curvas, mas deserta. Passam-se vilarejos, depois uma cidade maiorzinha, Nova Venecia, e pronto. 17h ja estavamos tomando a primeira Brahma no mar...
Portanto 13h de viagem. As pessoas dizem: “que que e isso? Onde ja se viu chegar na praia depois de um dia inteiro? Não tem o menor cabimento viajar num carro assim...” Eu não estou aqui so para defender o fuscaa, que, alias, tem inumeros defeitos, e é, certamente, um carro completamente obsoleto para este seculo. Mas a diferença entre amigos que viajam num volks (ou outro carro velho) e outros que viajam a 120, 140 kms/h não esta nos carros, mas num modo de enxergar a propria viagem, e consequentemente, a vida. Existem ritmos diferentes, perspectivas diferentes, vontades diferentes. Se voce não reduz tudo: velocidade, trabalho, stress, preocupação, risco, voce não vai descansar. Hoje, as pessoas viajam, (para a praia, por exemplo) vivem la seu ritmo belorizontino, voltam e dizem: “nossa, to morta!” Estranho, não?
381 e nos trancando...

Road Trip Bahia, E. Santo, Minas - Mapa


''Analfabeto digital''



Que que rola?

Quero usar este blog para compartilhar com todos os apaixonados por fusca as minhas experiencias, causos e outras historias de viagens com fusca e seus derivados (kombi, variola, brasolia). Tambem quero tentar publicar tudo o que tenho aqui: manuais, publicidade antiga da volks, esquemas eletricos, mecanicos, fotos, enfim... Tudo o que eu não quero que fique guardado so comigo.
Vamos começar com os relatos de viagem, entrecordados de algum material interessante, pra não ficar monotono.
Como minha memoria não ajuda, vamos fazer os relatos de viagem de tras pra frente:

a. Road Trip Minas/Bahia/Espirito Santo. 2010/2011
a1. Ouro Preto/Mariana. 2011
b. São Mateus - ES 2010
c. Pescarias em São Romão - 2008 e 2009
d. Conceição do Mato Dentro - 2007 e 2009
e. Desterro do Melo e Barbacena - 2008, 2009 e 2010.
f. Lapinha da Serra e Serra do Cipo - 2009.

Vamo la!